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sábado, dezembro 30, 2006

2006...

Bem, agora que se aproxima o fim do ano, é tempo de parar para reflectir, para atribuir as medalhas de Honra a quem as merece, para dar um abraço e uma palavra de gratidão a quem fez parte da minha vida neste ano. É tempo de me dirigir a todos os que passaram por aqui, que deixaram os seus comentários, a todos os que, de alguma forma, fizeram deste blog algo de que eu hoje me posso orgulhar. Aqui jaz alguns dos retratos da minha vida neste 2006. Aqui está um pouco de mim e de vocês. É exactamente de vocês, das personagens desta "Vida...", que eu agora quero falar...

Nem todos saberão o quão emotivo, forte, especial e inesquecível foi este ano para mim. Estou certo que são raros, mas preciosos, os verdadeiros amigos, que têm consciência de tal realidade. Desde já, a esses, atribuo a medalha de Honra, a mesma que nos vai manter ligados até ao fim dos nossos dias. Lembrem-se, sempre, que a medalha que agora carregam convosco é símbolo da nossa amizade, é símbolo de que eu vou estar sempre, de alguma forma, por perto... Um grande abraço! Adoro-vos!

Mas este 2006 não foi preenchido só pelos grandes amigos de sempre... Houve muito mais!.. Conheci muitas pessoas, mas também tive tempo para "re-conhecer" algumas... Não podia acabar o ano sem me dirigir a todas as outras personagens que deram cor a esta vida!.. Não podia esquecer os dias passados nos bancos da Escola, envolvido nas gargalhadas e nas brincadeiras de todos que por lá passaram... Não podia esquecer os professores que estiveram ao meu lado durante horas e horas... Não podia esquecer o TESG, a ESG, a equipa que trabalhou comigo na Associação de Estudantes, no Baile de Finalistas, na Festa de final de Ano, na ida à Assembleia da Republica, não podia esquecer as tardes passadas no Conselho Pedagógico, não podia esquecer que passei a grande parte do meu tempo longe daqueles que agora reconheço como merecedores de uma medalha de Honra, mas que ao longo do ano ocuparam, apenas, pequenos e intensos momentos desta vida... Tinha que agradecer a todos os outros que passaram esse outro tempo de 2006 ao meu lado!.. Obrigado!

Acho que se tivesse que dividir este ano em partes, faria duas metades. Certamente iria fazer com uma que acabasse no final da noite do Baile de Finalistas, bem ao estilo "americano"... E outra que acabasse hoje, tendo como ponto final este mesmo texto e como cenário, este quarto, que tanto sabe sobre mim…

Se a primeira parte do ano teve episódios que me fizeram sentir estar rodeado de amigos, que me fizeram sentir acarinhado, este final de 2006 serviu para perceber que, nem sempre, os que estão mais perto são aqueles que mais nos querem e que mais se preocupam.

"Sabes uma coisa? Houve dias em que quis abandonar isto tudo, fugir para uma ilha deserta, ficar agarrado ao que sentia por ti e esquecer quem sou, esquecer o que me prendia aqui!.. Houve muitos dias em que quis ficar preso a ti!.. E talvez não saibas, mas este blog só surgiu porque tu apareceste na minha vida e lhe deste uma nova cor, um novo rumo, uma enorme vontade de partilhar os momentos desta minha vida!.. A ti quero atribuir uma medalha pela Dedicação, pelo Amor, pela Amizade, pelas conversas, por me teres feito abrir os olhos, quando parecia querer mantê-los fechados, simplesmente por seres quem és! Adoro-te e tu sabes isso! E como escrevi aqui há algum tempo, "sabemos só nós e basta!"!" (Tu sabes que isto é só para ti!).

Bem e se posso escolher algo que marca esta segunda parte do ano, é, sem duvida, a entrada na Universidade de Aveiro. Não porque tenha entrado no curso dos meus sonhos ou porque tenha realizado algo pelo qual esperava há muito tempo, aliás, devo confessar que o meu sonho continua guardado, à espera que chegue o dia em que se vai tornar realidade!.. É o meu "little dream"...

A ida para Aveiro todos os dias, as viagens de comboio, as idas a pé até à sala de aula tornaram-se nos meus momentos de reflexão, momentos que aproveitei para pensar em todos vocês, para dar importância a tudo o que ficou para trás!.. E não me podia esquecer de falar naqueles que agora estão comigo todos os dias, naqueles que espero que, daqui a uns tempos, venham a ler o segundo paragrafo deste texto e o reconheçam como sendo seu!.. Para vocês um grande abraço! Para o Cláudio, o Paulo, o Gonçalo, o Baptista, o Arturo, o Rui, …

Resta-me acabar este texto com a esperança que todos entrem em 2007 com saudades deste 2006 que agora se despede! A todos, resta-me desejar um bom ano!

O meu Obrigado e o meu abraço para aqueles que, num determinado momento ou em todos os momentos, me marcaram neste ano:

Ritinha,
Inês,
João,
Tiago,
Miguel,
Beatriz,
Renato,
Mano ;),
Bruno,
Zana,
Tamagnini,
Lima,
Filipa,
Bruno (eu prometo que um dia vamos de novo ao Chic ;) ),
Diana (como podes ver, não me esqueço de ti e sempre que posso vou à ESG fazer-te uma visita...),
Professor Manuel Maria (pelas horas passadas no TESG, pelas aulas de Português, pela amizade, por ser a pessoa que é!),
Professora Lilia, (por se ter tornado numa amiga, muito mais do que a "professora do Conselho Executivo"),
Mãe, Pai e Avó (em último, mas não menos importantes...).

P.S: Um Abraço a todos os outros, cujos nomes não ficaram aqui escritos, mas que, algures neste texto, encontraram o seu espaço.

João Ferreira.

30 de Dezembro de 2006

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terça-feira, novembro 14, 2006

"Diário de um adolescente, que não era surdo-mudo, mas que vivia num mundo onde todos o eram."

Dia: um de muitos…
Hora: já era tarde…
Local: no meio da confusão…

“Um dia passei por ti e sorri.
Parei no meio da rua,
Olhei novamente para trás,
E sorri!”

Sorri, como nunca antes tinha sorrido. Abracei aquele momento, com toda a força que tinha!.. Sabia que não podia sair dali sem ter a certeza de que aquele sorriso não fora em vão… Timidamente, aproximei-me dela e, mais uma vez, sorri! Por cada palavra que tentava dizer, saia um sorriso. Ela olhava-me, com os seus lindos olhos azuis, esbugalhados, e simplesmente se ria!.. Parecia que tudo se resumira a isso: rir e sorrir.

Eu bem tentava desviar o meu olhar do dela, procurando não me rir, procurando ter força para suster todos os músculos que, descontroladamente, se iam apoderando de mim e me iam articulado aquele enorme sorriso. Parecia um comboio desgovernado…

Ela parecia estar a gostar daquele momento hilariante e, tão naturalmente, como só ela parecia saber fazer, movia o seu olhar, de um lado para o outro, enquanto levantava o lábio superior, do lado esquerdo, parecendo procurar algo, ficando com um ar de breve meditação, sempre com aquele sorriso no rosto! Era impossível resistir a tudo aquilo e não me rir!..

Soltei mais uma gargalhada. Ela ia mexendo os seus maxilares, para cima e para baixo, enquanto gesticulava com as mãos… Notei um enorme esforço, sabia que me queria falar…


Enquanto se ia passando tudo isto, chegou o meu autocarro, pelo qual já esperava há uns largos minutos… Tive que me despedir dela… Adivinha lá como?.. Com um enorme sorriso!..

Diogo.

quinta-feira, outubro 19, 2006

Obrigado!..


O tempo passou, novos dias surgiram, novos olhares se cruzaram e o nosso acabou por se perder no meio da multidão... Tenho certeza que ficámos ambos parados no meio da rua movimentada, procurando encontrar o olhar certo, mas acabamos por ser empurrados pela multidão agitada, que corria, desesperadamente, para o outro lado da estrada. Ficamos separados, mais uma vez, por uma estrada, onde os carros passavam a alta velocidade, onde era impossível atravessar, pelo menos enquanto o sinal não mudasse... Olhamos mais uma vez em nosso redor, à procura do tal troca de olhares ideal, mas não a encontramos... Um para cada lado, de costas voltadas, caminhamos rumo ao desconhecido, em procissão com todas aquelas pessoas que lá estavam. As lágrimas iam deslizando, suavemente, pelo meu rosto, também elas acompanhadas pelas gotas de chuva, que começavam a cair do céu... Parei e olhei para cima, procurando saber o que devia fazer, procurando ter uma resposta... Passaram-se horas enquanto eu fiquei ali, tomando um banho com a água da chuva, como se de um baptismo se tratasse, como se aquele momento fosse o inicio de algo novo, de uma nova fase...

Já sem forças para dar mais um passo, alguém chocou contra mim e, logo de seguida, me deu a mão para me ajudar a levantar, com um enorme sorriso no rosto! Não resiste e também eu sorri e agarrei a sua mão com toda a força que tinha. Trocamos um olhar e seguimos o nosso rumo, caminhando paralelamente, trocando novos sorrisos. Senti-me livre, senti-me bem!

"Obrigado!.."

domingo, outubro 01, 2006

Leão...


Nunca fui pessoa de dar grande importância ao dito "mundo oculto", mas, por vezes, há palavras que nos deixam pensativos, ou que, pelo menos, nos despertam a atenção. Foi o que me aconteceu quando, por acaso, li a descrição associada ao meu signo do Zodíaco.

"…A Ti, Leão, atribuo a tarefa de exibir ao mundo a Minha Criação em todo o seu esplendor. Mas deves ter cuidado com o orgulho e lembrares-te sempre que a criação é Minha e não Tua. Se o esqueceres, serás desprezado pelos homens. Há muita alegria no Teu trabalho, basta fazê-lo bem. Para isso, Eu Te concedo o Dom da Honra…"

Ao menos já tenho algo a que me dedicar nos tempos livres... =)

quinta-feira, setembro 28, 2006

Já faz algum tempo que este blog não vê algo escrito por mim... Aliás, desde 20 de Agosto que tal não acontecia e, por isso, fiz um exercício de memória para tentar perceber o que se passou naquele dia, qual o motivo para ter escrito aquele texto e acabei por não ser capaz de me lembrar. Não porque tenha sido um dia sem importância, mas, talvez, porque estas últimas semanas tenham sido preenchidas por muitos dias importantes, porque estas últimas semanas tenham sido o início de uma fase muito importante da minha vida! Tem sido demasiado complicado gerir a euforia da entrada na faculdade, o facto de estar a conhecer muitas pessoas novas, diferentes em muito daquilo a que estava habituado, e, ao mesmo tempo, ser capaz de ter a calma para lembrar que para trás, que nestes últimos 60 posts ficaram dos dias mais espectaculares, mais emotivos eu diria, mais inesquecíveis, desta "Vida...". Hoje quis aproveitar um momento livre para agradecer a todos este último ano e para pedir alguma compreensão pela minha ausência.

Sei que não vai ser fácil jogar com tudo isto ao mesmo tempo, mas é mais um desafio que decidi enfrentar!

Mas como escrevi num post há uns tempos atrás:

"(...) somos todos parte uns dos outros, só porque somos amigos! "

Um grande abraço para todos!

domingo, setembro 10, 2006


"Não havia muito a fazer, senão acreditar que o pôr-do-sol me traria a resposta pela qual esperava, haviam já algumas horas... As pernas cansadas da caminhada matinal começavam a demonstrar a sua fraqueza e, num acto de desespero, caí de braços abertos na relva fresca, que, de alguma forma, me reconfortara e me dera a paz para fechar os olhos, sem o medo de não acordar mais, sem o medo de não ser capaz de encontrar aquilo que naquele dia decidira procurar! As horas passavam e eu começava a sentir-me cansado da monotonia do céu azul, do som das ondas que batiam na rocha daquela falésia, até que, de um momento para o outro, apareceu alguém que me pôs a mão no ombro e me abraçou, como nunca antes tinha sido abraçado! Senti uma energia de tal forma grande que não fui capaz de perguntar nada. Sabia apenas que aquele momento era a resposta pela qual eu procurava. Por incrível que pareça, não senti a curiosidade de olhar para trás e de ver quem era, apenas me deixei ficar ali a olhar o mar, assistindo ao pôr-do-sol, perdido naquele abraço, naquela mistura de sentimentos que me pusera o coração aos saltos. O sol já quase não se via e a sensação de um ar frio trazia a noticia de que a noite se preparava para chegar e, enquanto pensava nisto, o contraste entre o negro da noite e a luz intensa que vinha da lua chegara àquele espaço... Quando já tinha perdido todos os medos e deixara cair a minha cabeça naquele colo, que ainda insistia em não se revelar, deixei-me adormecer..."

Nuno Rocha

quinta-feira, setembro 07, 2006

You're Gone (Everybody knows that)






















"Dry the tears behind my eyes

When I whisper your name
You said you'd come here everynight
Just to hear me sing

Everybody knows that I don't wanna grow
Everybody knows that I don't wanna know
Everybody knows that you're gone

Ah,don't you feel alive
When you dance between my thoughts
You swore to come here everynight
Just to sing our song

Hurry up and please just hold my hand
So I can be released"

Zé Manel, Fingertips


Porque a vida é feita de momentos, de pessoas, de textos e opiniões, que, em determinados momentos, se tornam demasiado importantes para nós e que, por isso, não as devemos guardar na gaveta, decidi publicar este pequeno excerto de uma texto do Nuno Rocha, com a promessa de publicar a continuação, isto se ele o permitir... Espero que gostem.

"Houve um dia em que acordei com força suficiente para conseguir abrir os olhos, erguer-me perante a fraca luz que reflectia na janela, a luz de um sol simplesmente fantástico, que acabara de acordar. Sentia-me com força para dar dois passos e abrir a janela, a mesma janela que há muitas semanas me isolava do resto do mundo. Nessa manhã senti que algo me estava a acontecer, algo de muito forte... Na tentativa de fugir aos meus próprios medos, decidi sair do quarto com um sorriso no rosto, dizer "Bom dia!"; decidi acreditar que aquele ia ser um dia diferente de todos os outros, que passara enclausurado dentro das quatro paredes brancas do meu quarto, senti que aquele ia ser um dia demasiado importante para se quer ter a coragem de o ignorar!.. Vesti-me e saí pela porta fora, procurando saber porque me sentia assim, tentando perceber o que significava aquela força que sentia dentro de mim. Andei horas, sem rumo, dei, finalmente, comigo no alto de uma falésia, olhando o mar, a um passo de cair, para sempre, sem ter conseguido descobrir aquilo que procurava... Precisava de respostas, mas parecia demasiado complicado encontrar a pergunta correcta, encontrar as palavras mais sensatas... Naquele momento queria ser o mais forte possível. Tinha a consciência que um simples passo podia por fim a todas as dúvidas, sabia que essa seria uma solução mais fácil para aquele problema. Era cedo, percebia-se isso, porque o sol ainda me iluminava as costas, porque ainda conseguia olhar o mar de frente, com os olhos bem abertos sem a luz me ferir. Naquele preciso momento tive a consciência que ia ter um dos dias mais longos de sempre. Sem lugar para me sentar, sozinho naquele espaço, que ainda não tinha tido tempo para reconhecer, encontrei o descanso na brisa que passava pelos meus cabelos, ainda molhados, depois de um banho e de uma caminhada de madrugada, de casa até ali! (...)"

Nuno Rocha

segunda-feira, agosto 21, 2006

I can't hate you anymore.


"An empty room can be so deafening,
The silence makes you wanna scream,
It drives you crazy.
I chased away the shadows of your name,
And burned the picture in a frame,
But it couldn't save me.

And how could we quit something we never even tried,
Well you still can't tell me why.

We built it up,
To watch it fall.
Like we meant nothing at all.
I gave and gave the best of me,
But couldn't give you what you need.
You walked away,
You stole my life,
Just to find what your looking for.
But no matter how I try,
I can't hate you anymore.

Your not the person who you used to be,
The one I want who wanted me,
And that's a shame but,
There's only so many tears that you can cry.
Before it drains the light right from your eyes,
And I can't go on that way.
And so I'm letting of everything we were,
It doesn't mean it doesn't hurt.

Sometimes you hold so tight,
It slips right through your hands.
Will I ever understand?"

Nick Lachey

domingo, agosto 20, 2006

Porque há dias em que preciso falar contigo e tu estás longe de mim…

"O tempo parece estar a tornar-se numa obsessão, numa corda que me prende a ti, que insiste em que, a cada segundo que passa, eu sinta a tua falta, a falta do teu sorriso, das tuas palavras, das vezes em que fazias questão de me chamar "puto", só porque sabias que isso me fazia sorrir... Às vezes sinto tanto a tua falta... Passaram já as primeiras semanas em que decidi, ou decidimos, parar o tempo, para-lo no preciso instante em que estávamos separados, simplesmente, por um olhar, um toque, um respiro, um abraço ou ainda por um beijo... Acho que nunca fui capaz de te dizer o quanto desejei estar junto a ti!.. Tenho pena de, às vezes, ou quase sempre, ter sido, realmente um "puto"... Prometi-te ser feliz, acho mesmo que te fiz acreditar mais nisso do que a mim mesmo. Fico triste por ainda não ter sido capaz de seguir com o tempo.

Parado, deitado sobre o passado, ganhei um espaço onde me habituei a ficar longe de ti, tentando, apenas, seguir todos os teus passos, procurando ser o mais discreto e correcto possível contigo!.. Ainda tento ver só a amizade entre nós, ainda tento esquecer que, há não muito tempo, te disse, com toda a sinceridade, "Amo-te!". Convivi os últimos dias com a esperança de sentir cair a última lágrima, pesada o suficiente para carregar com ela tudo isto que ficou aqui dentro, comigo… Como se o destino estivesse a querer falar comigo, a tentar dar-me uma ultima lição, a tua imagem, de sorriso aberto, as tuas palavras que me fizeram rir, as letras das musicas k insistias em escrever, tornaram aquelas horas numa viagem ao passado e ao futuro. Sei que, por um só momento, tive força para me despedir e dizer-te "Até amanhã!", mas, como já não devia ser de esperar, senti uma vontade de ficar ali a ver-te, longe, a admirar a forma como sorrias... "Tic Tac... Tic Tac", o tempo passou e tu foste embora, deste-me a coisa mais preciosa para mim, o teu sorriso! Por isso, obrigado! Deste-me também, depois de toda a conversa, uma nova força para seguir, sem medos, guardando tudo o que foi bom e procurando viver aquela dita "vida desejável", sem querer ter a prepotência de sonhar mais longe, com a minha "vida perfeita"... Mesmo assim, quando me deito na cama, depois de mais um dia por aqui, sonho com a praia, a cabana, o rapto que prometi fazer-te, com o mundo feito à nossa imagem e semelhança!..

"Tic Tac...Tic Tac" "

O relógio já toca, é tempo de andar...

quinta-feira, agosto 17, 2006

"Eu cheguei a deixar,
Vestígios pra você me achar.
Foi assim,
Que entreguei meu coração devagar!

Eu tentei te roubar,
Aos poucos pra você notar,
Que fui eu.
Te guardei onde ninguém vai tirar...
(...)

Do fundo dos meus olhos,
Pra dentro da memória te levei,
Amor você me tentou...(...)

Eu te amei como jamais,
Um outro alguém vai te amar!
Antes que o sol pudesse acordar,
Eu te amei!.. (...)"

LsJack

terça-feira, agosto 15, 2006

Tic Tac...

Tic Tac... Tic Tac.... Tic Tac...


Sei que andas longe, passeando de mão dada, na praia, com o fim de tarde a oferecer-te o fundo perfeito. Sentas-te, encostas a tua cabeça no ombro dele, ficas simplesmente a ver o sol pôr-se... A noite chega e, com ela, a vontade de um abraço, de um beijo, de um olhar único. Não hesitas, nem por um único segundo, o teu rosto move-se, lentamente, procuras os lábios dele, beijam-se e perdem-se no calor de um abraço. Os corpos quentes deslizam pela areia húmida da praia, num início de noite frio e calmo... Entre as carícias e os olhares, surgem as promessas, os sonhos, os pedidos....surge o "nós" o "eu e tu"... Esqueces o passado, esqueces-te de mim e vives o teu momento perfeito, mais um... Perdes-te no escuro da noite, sorris de prazer, deixas-te levar até à exaustão...

Tic Tac... Tic Tac...

Finalmente, cais suavemente para o lado, permites que os olhos se fechem, permites que os braços dele te toquem, que o corpo dele te aqueça e reconforte... nesta noite tu permitiste tudo!.. Passas os minutos seguintes num correr de sonhos, vives a tua outra vida, arrependes-te de mais um dia, de mais um final de tarde, de mais uma noite fria e calma... Arrependes-te se ser quem és, arrependes-te de me teres daqui a pouco, quando decidires voltar a casa, depois de marcares, mais uma vez, o ponto...

Tic Tac... Tic Tac...

São horas de voltar... Pegas no teu dinheiro, nas tuas roupas e voltas para mim. Corres desesperadamente de volta a casa, esperando encontrar-me. Chegas e dizes-me bom dia, pedes-me, novamente, desculpa, dizes que me amas e cais na cama de cansaço... Eu fico, por um simples minuto, a olhar-te...

Tic Tac... Tic Tac...

São horas de eu ir. Até amanhã!

sexta-feira, agosto 11, 2006

And I'd give up forever to touch you
'Cause I know that you feel me somehow
You are the closest to heaven that I'll ever be
And I don't want to go home right now

And all I can taste is this moment
And all I can breathe is your life
'Cause sooner or later it's over
I just don't want to miss you tonight

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

And you can't fight the tears that ain't coming
Or the moment of truth in your lies
When everything feels like the movies
Yeah you bleed just to know you're alive

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

I just want you to know who I am

Goo Goo Dolls

quarta-feira, agosto 09, 2006

Estava a ler este mesmo blog, a interpretar cada palavra, cada um dos títulos dos vários textos que fui publicando aqui, ao longo dos últimos tempos, e acabei por perceber que todos eles se vieram a revelar imagens da minha própria vida... Apesar de, em alguns dos casos, eu não ser a personagem principal, nem o sujeito do texto, acabo por ter a consciência que estão expressos os meus sentimentos, as minhas frustrações, alegrias, paixões, sonhos, desejos... os meus momentos... a minha vida...

Sei o quão difícil é sermos capazes de, por um breve instante, nos abstrair-mos das nossas vivências e analisar um texto, uma frase, um olhar, um sorriso... Hoje quis pôr-me à prova e escreve sobre a forma como eu poderia ver este último texto, supondo que não tinha sido escrito por mim.

Todos passámos por várias fases na nossa vida, fases que eu acredito serem a base do nosso crescimento, que espero serem os pilares da nossa personalidade, da nossa força para enfrentar o dia de amanhã. Sei, demasiado bem, que a inspiração para escrever os melhores textos, aqueles que tocam mais a quem os lê, surge de uma forma mais espontânea quando nos sentimos tristes, frustrados, irritados...

Ao ler este último texto sinto-me tentado a assumir o "eu", a querer dar o "tu" a alguém que me é muito especial. Mas, de facto, "eles" são apenas duas personagens de um texto, um texto ao qual nós temos tendência a entrar e a preencher as almas das personagens que lá figuram...

Afinal não é para isso que eles servem?

Bem, só queria esclarecer uma dúvida que surgiu em relação à última frase. "Olha… O relógio voltou a contar.". É, sim, uma metáfora, como a maioria do texto, e significa, a meu ver, "A vida contínua..."…

Queria, também, dizer obrigado a algumas pessoas que se tornaram muito importantes no espaço de tempo em que eu "andei" parado e que me ajudaram, por isso, a fazer o "relógio voltar a contar"...

Obrigado João, Miguel, Bruno, Rita, Inês...

segunda-feira, agosto 07, 2006

Por um breve instante de tempo...

Quando o relógio parece parar de contar o tempo e nós ficámos sozinhos no espaço, a olhar à nossa volta e a analisar cada pequeno pormenor daquela imagem estática, cheia de vidas, pessoas, sorrisos, felicidade e tristeza... Bem, nesse momento somos capazes de ouvir o silêncio ensurdecedor do tempo que parou, somos capazes de cair no chão de braços abertos e de ficar a olhar o céu de olhos fechados, seguindo as pequenas nuvens brancas que oscilam de um lado para o outro. Somos capazes de fazer uma viagem de regresso ao passado, somos capazes de sonhar o futuro, o próximo milésimo de segundo que aquele relógio parado na parede vai contar...

É triste quando nos apercebemos de tudo aquilo que fomos abdicando nos milésimos de segundo que passaram ainda há pouco... É ridículo pensar que podíamos ter seguido um caminho em vez do outro, que tivemos oportunidade de escolher e que acabamos por ser empurrados pela multidão apressada, que corria para o seu refugio, num fim de tarde chuvoso, procurando encontrar um sofá, uma manta, um amigo, um abraço, procurando, apenas, um pouco de conforto.

Por vezes dá-mos por nós a sonhar uma outra vida, a designada vida perfeita... Eu sei bem como seria esse sonho. Éramos só tu e eu, eram as promessas tornadas realidade, a distancia reduzida a um milímetro, era o teu olhar diante do meu, os teus lábios a tocar suavemente nos meus, o teu abraço a envolver o meu, eras tu a sorrir... acho que era, simplesmente, o ter-te por perto, o sentir-te!

Sei que por um destes dias nós falámos do distante passado, falámos do presente e do futuro. Sendo muito sincero, tenho pena do passado, ciúmes do presente e medo do futuro. Querendo que sejas feliz, vivo o meu dia de hoje andando por aí, procurando a morada dos meus sonhos, aquela praia deserta, com uma cabana, umas palmeiras no canto, um pequeno cais, um barco de madeira a remos, uma cana de pesca, uma fogueira, uma rede, uma cachoeira de águas límpidas e quentes…O prometido é devido e, por isso, espero que te sentes à mesa comigo, no meu primeiro jantar…

Agora, que tudo está parado à minha volta, perco todo o meu tempo a olhar-te, a viver um passado feliz, repleto de sonhos, sorrisos e promessas. Ainda imagino como poderia ter sido… Ainda imagino como poderíamos ter sido incrivelmente felizes, em como podíamos ter sorrido os dois, procurando a nossa morada, a nossa praia, a nossa cabana… Tenho pena que para tudo isto ser possível, tenha sido preciso parar o relógio, o tempo…

Olho para ti mais uma vez e já não te vejo só… Já percebo um sorriso e uma paz… Desenho um outro no meu rosto ao ver-te assim!..

Olha… O relógio voltou a contar.

quinta-feira, julho 13, 2006

Vagueando...

Hoje quis encontrar-te no mesmo lugar de sempre, quis dizer-te as mesmas palavras de sempre! Amo-te! Quis ser capaz de escrever um poema de amor, repleto de palavras e emoções que te fizessem voltar a mim. Hoje tu não estavas mais lá.

Decidi sair à tua procura.

Guiado pela corrente de ar fresco, que me dava força para aguentar em pé, acabei por chegar a uma praia, a mesma de sempre. Os meus olhos já estavam demasiado cansados de chorar para os conseguir manter abertos. O dia fora longo. Havia uma banda sonora que me acompanhava naquele caminho e que insistia em fazer dele uma longa jornada, cheia de sentido, cheia de um sentimento que teimava em manter-se dentro de mim!

" Watch my life pass me by in the rearview mirror Pictures frozen in time are becoming clearer I don't wanna waste another day Stuck in the shadow of my mistakes yeah 'cause I want you and I feel you crawling underneath my skin like a hunger like a burning to find the place I've never been now I'm broken and I'm fading I'm half the man I thought I would be But you can have What's left of me (...)"

Acabei por me deixar cair naquele chão quente, quente, mas não o suficiente para me fazer levantar... Passei o resto da tarde a convencer-me que o melhor caminho já não era o de regresso a casa, mas sim o que se avistava em frente.... Levantei o rosto e ganhei força! Ergui-me, enchi o peito de ar e desatei a correr!.. As forças traíram-me e caí sozinho, de novo, na areia da praia.

"Deitado na areia fico sozinho, sozinho e ao lado da mais profunda tristeza. Resta-me, agora, esperar que a maré suba e a leve..."

Chegou a noite e a água fria do mar não se aproximou... Faltou-me tudo, faltou-me a vontade e a força para voltar a casa...

Adormeci.

quarta-feira, julho 12, 2006

Ser capaz de parar....

Por vezes parámos um só segundo para olhar à nossa volta. Decididamente acabamos por compreender que estamos sozinhos, sozinhos e, ao mesmo tempo, rodeados de rostos e vidas, que se cruzam, todos os dias, connosco, na mesma rua, sempre com o mesmo olhar, a mesma pressa e a mesma indiferença. Uma simples rotina acaba por se tornar na melhor saída aos problemas, acaba por se tornar na melhor amiga, aquela amiga que nos ocupa todo o tempo e nos rouba todos os instantes, para que não possamos pensar em mais nada. O que é certo é que a vida não pode ser feita de uma só amizade, de uma só rotina ou simplesmente de um só amor! Mesmo que seja cómodo passarmos o tempo a correr de um lado para o outro, temos que ser capazes de amar, de sorrir, de parar no meio da rua e perguntar-mos à pessoa que passa se está tudo bem. Passar sem olhar, apenas nos conduz a sentimentos de dúvida, a frustrações que se vão acumulando à medida que o tempo passa e nós vamos sendo absorvidos por uma qualquer rotina que nos impede de parar por um só segundo!..

Por vezes temos que ser capazes de seguir o caminho menos cómodo, temos que ser capazes de arriscar sair de uma rotina, temos que ser capazes de conhecer algo mais, de procurar novos sorrisos, abraços, conversas, olhares, ...

Por vezes temos que parar no meio de uma multidão e tirar uma foto como esta!..

segunda-feira, julho 03, 2006

TESG

Há já muito tempo que queria fazer uma referência ao TESG, Teatro da Escola Secundária de Gondomar, um grupo, um espaço, um amigo da minha vida! Já não vivo sem ele! Foi lá que conheci algumas das pessoas mais importantes da minha vida, alguns dos melhores amigos! Visitem, porque vale a pena perder um bocadinho de tempo a relembrar bons momentos.

Obrigado pessoal! :D

"Há dias para tudo!.."

Há dias em que precisámos encontrar algo que nos prenda a uma vida, uma vida que, rapidamente, se tornou numa rotina, demasiado absorvente para nos dar tempo a pensar sobre o que realmente é a nossa missão aqui! Provavelmente esta visão de "missão" pode parecer estranha, pode parecer desenquadrada, vinda de alguém como eu, que, ainda há uns dias, fez uma critica ao nome "Deus", alguém que tem como filosofia de vida o "Carpe Diem"... Se calhar é um paradoxo, mas, como ia dizendo, há dias em que nos surgem novas ideias, novas perspectivas de vida, em que nos apercebemos que ela só faz sentido se houver algo que nos prenda, se houver um rumo, se houver um objectivo: uma missão!.. Não que ache que essa missão seja algo de "divino", algo de transcendente... Não! Tal como disse o Bono, num dos seus discursos sobre a missão da nossa geração na Terra, coube à geração anterior levar o homem até à lua, cabe-nos a nós, agora, algo diferente, como trazer, de novo, a caridade de volta à Terra!

Por vezes basta-nos uma imagem, uma palavra ou um som para nos fazer olhar para algo a que nunca tínhamos dado muita atenção e nos fazer pensar sobre isso... Bem, retomando a primeira linha, há dias em que tudo isto acontece, enquanto, por exemplo, tomámos banho e pensámos "Eu tenho que ajudar a mudar isto!.." Bem, acho que é essa missão que tenho neste momento, "ajudar a mudar isto", dar aquilo que tenho a quem mais precisa, a quem não tem nada! Faz-me tanta confusão estar aqui sem nada para fazer, enquanto há alguém que está a precisar do meu tempo, do meu trabalho, da minha ajuda! É isso que quero fazer! Ajudar! Pode parecer uma visão demasiado "cor-de-rosa" sobre este mundo da ajuda, do voluntariado... Tenho consciência que ajudar alguém é algo que exige muito de nós, que exige sacrifício, que exige perder aquele tempo para estar na praia, no computador, no cinema, com os amigos, ou para estar, simplesmente, a escrever um texto como este...

Hoje decidi escrever este texto, partilhar este sentimento, esta vontade, que surgiu em mim há não muitos dias... É demasiado provável que não volte a escrever mais sobre isto, é demasiado provável que, mesmo indo ajudar, seja onde for, quem for, não vá falar sobre isso, mas hoje quis vir escrever algo que daqui a um dia, a um mês ou a um ano possa servir de "desculpa" para não ir ao cinema, ou para não passar umas férias de verão com os amigos!..

Eles que me desculpem...

quarta-feira, junho 28, 2006

Ter medo de sonhar... ?!


Hoje faz sentido voltar a escrever e ler este texto...

Ter medo... Ter medo...
Medo de Amar... Medo...
Medo de sonhar... E...
E um dia... Acordar!
Está uma noite quente.
Aqui sentado penso como seria,
Se um dia Eu e Tu estivéssemos...
Juntos?...!!
Acredito que seria algo...
Como dizer...?!...algo...
Tão especial, que não consigo,
Que não consigo explicar!...
Talvez fosse algo que nunca,
Que nunca iria esquecer!
Mas agora volto a mim!...
E...
E penso que afinal tudo,
Tudo não passou de um sonho!
Algo que nunca vivi.
E que não pode nunca acontecer!...
Porquê?! Pergunto eu...
A resposta..? Não sei…
Mas talvez seja algo tão simples,
Como...Eu te Amar!!??..
Mas o Amor é algo tão mágico,
Que só mesmo um sonho nos pode dar...
Se me pedirem para dizer o que é o Amor,
Sinceramente, não sei explicar!
É só e unicamente, algo que Só eu posso sentir!
O Amor não é um sentimento igual a qualquer outro.
Não! É como um sonho...Apenas se sonha um único
De cada vez... E não sabemos de onde vem.
Estranho?! Talvez...
Isto do Amor é algo muito estranho...
Mas também, quem disse que é fácil?
O Amor é como uma luta!
Lutamos muitas vezes contra Nós!
Nem sempre é fácil perceber que não passa de um sonho...
Por vezes acordamos e pensamos porque sonhamos assim!...
Novamente a resposta é única, porque estamos apaixonados!
Tal como todos: nascemos, vivemos e morremos!
Mas nem todos nascem, vivem ou morrem da mesma forma!...
Porquê?! A resposta é tão simples, que custa a acreditar...
Porque uns Amam...Outros não!..Porque uns sonham… Outros Não!
A noite custa a passar...
Mas também quem disse que queria ir sonhar?
Talvez seja pelo medo…
Pelo medo de nunca mais acordar…
Sonha-se. Mas nem sempre se sabe porquê...
Sonha-se. E pede-se que nunca mais se acorde...
Mas afinal... Porque sonhamos?! E porque temos medo de sonhar!?
A resposta: é tão simples, como ter medo de se Amar!...


João Ferreira

2003

terça-feira, junho 27, 2006

Pele, Christopher Wilson

Um dia destes, enquanto passava junto a uma livraria, procurando um livro para oferecer à minha mãe (acompanhado por aquela ideia de "Um livro um amigo..."), fui obrigado a parar, tendo ficado fascinado pela capa e pelo título de um livro que nunca tinha ouvido falar...


A primeira página começava assim:

" Quando deslizo finalmente cá para fora a choramingar, já proporcionei um trabalho de parto difícil à minha mãe, que tem estado a praguejar e a gritar durante dezassete horas. Depois segue-se uma pausa até ao momento em que me vê e em que começa a urrar ainda mais e mesmo apesar de eu aparecer através do canal habitual e de ela me sentir, sem dúvida alguma, a tentar sair e de estarmos ligados por um cordão umbilical, ela ainda assim jura que não sou seu filho e que ela não é minha mãe, e o que, em nome de Deus, vai ser de nós? Tudo isto devido ao meu aspecto assustador e estranho que é diferente daquele que um bebé negro deveria ter.
(...)
-É um rapaz normal e saudável - declara bem-disposto (o Reverendo), descendo os degraus empenados do alpendre - Quase quatro quilos, um espécime forte. Dêm graças a Deus.
- E o aspecto dele? - perguntam as pessoas.
- Acontece. Nós colhemos aquilo que semeamos - responde o Reverendo com um sorriso - Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute; Obed gerou Isaí. Esta criança vem cumprir alguma missão. O Senhor Omnipotente tem sempre as suas razões.
- O que é que esta criança vem mostrar?
- Não posso falar pelo Senhor com exactidão - admite o Reverendo Spinks - Mas nunca se esqueçam de que o Seu sentido de humor é todo-poderoso. (...) "

Bem, bastou-me ler este pequeno excerto para ficar com uma enorme vontade de acabar de ler este livro! Agora que já o ofereci à minha mãe e agora que estou de férias é tempo de o começar a ler... Espero que não se importem com o facto de ter vindo aqui partilhar esta ideia, mas o facto de poder ler algo sobre a vida de um rapaz branco com alma negra, que acaba por ser vitima de racismo é algo que me fascina! Não se admirem se, por um destes dias, por acaso, vier com algum texto mais revolucionario sobre o tema!..

segunda-feira, junho 26, 2006

2ª Edição, Obrigado a todos!

Hoje tenho que pedir desculpa a quem lê este blog, a quem perde algum do seu tempo por aqui... Decidi mudar o "Porquê?.." desta página, deste espaço. Não que tenha mudado o motivo para existir este blog, mas achei que aquela introdução não era a mais correcta, tive a noção que aquilo foi um visão demasiado emotiva daquele dia, daquele momento!.. Agora que já passou mais de um mês da existência desta “Vida…”, agora que já “estou mais maturo”, achei melhor rever aquelas palavras, achei melhor lançar uma nova edição! Espero que não se importem com isso...

Já agora, queria, também, lançar uma desafio... queria tornar este blog num espaço mais aberto, porque uma vida é feita de ligações, de conversas, de olhares, de sorrisos de opiniões... porque uma vida é feita por todos nós, gostava de deixassem os endereços dos vossos blogs aqui, que me enviassem textos que gostassem de ver publicados nesta "Vida...", textos que vos parecessem fazer parte deste espaço! Gostavam que esta “Vida…” não fosse feita unicamente dos meus momentos, das minhas opiniões, dos meus olhares do Mundo!.. Gostava que fosse mais do que isso!..

Finalmente, queria agradecer a todos os que já perderam o seu tempo a comentar e a ler estes textos, este blog!

A todos, o meu muito obrigado!

Uma carta para ti...

Quero escrever-te uma carta e não sei por onde começar!..

Sei que tenho andado distante, longe de ti, vagueando por aí à procura de um olhar teu!.. Dou comigo, por vezes, a sonhar com uma ilha, com o mar azul, a areia fina, a ferver com o calor de um sol enorme, com um final de dia perfeito...

"... ao fundo, o sol baixo espelha a sua luz avermelhada no fundo horizonte do mar. Aquelas palmeiras ali ao fundo parecem querer mover-se ao som de uma brisa que vai a vem, que leva com ela aquela pequena nuvem que vai lá no alto e que trás uma lua cheia, cheia de luz e brilho. Chega a noite, a ilha é embalada pelo som dos grilos, das asas dos pássaros que tornam ao ninho, depois de mais um dia... A mesa já está posta, já acendi as duas velas, já pus duas cadeiras, uma pequena mesa, coberta por uma toalha branca... já pus tudo neste alto da praia, bem junto ao mar, bem perto da lua e da luz desta noite!.. Agora pego na tua mão e levo-te para aquela manta, que pus ali ao fundo, junto àquela arvore... Hoje vamos ficar ali abraçados a ver o nascer do dia!.."

Ainda no outro dia estava de sorriso aberto a pensar em ti, com um sorriso sincero! Não que agora não fique feliz quando penso em ti, mas há algo que me faz não pensar, que me faz pensar menos... Desculpa! Acho que quero começar esta carta por aqui, por um pedido de desculpas!..

Desculpa!

Saber o valor que tem um simples abraço é algo que muitos não se podem gabar, aliás, é algo que só eu e tu nos podemos gabar! Eu sei que há muitos abraços, muitos sorrisos, muitos sentimentos e emoções, mas aquele abraço, naquela noite, naquele curto momento, naquele espaço inapropriado... hum... nunca me irei esquecer, nunca me posso esquecer! Sei que simplesmente te quis dizer "Obrigado!", mas naquele preciso momento já não tinha força para mais... foi demasiado intenso, roubou tudo de mim!.. Por isso, te digo, agora: Obrigado! E te peço uma coisa tão simples como que o guardes só para ti, que continue, sempre, a ser só nosso!..

"... Os pássaros começam a cantar lá no meio das árvores, já se ouvem as folhas a abanarem, já se sente o cheiro a maresia chegar com uma leve ventania, que parece querer acordar-nos, que parece querer lembrar-nos que estamos aqui para assistir ao nascer do dia!.. Já se vê o azul escuro do céu querer ir embora... já se vê a o sol nascer daquele lado da ilha!.. Já sinto o calor a tocar a minha pele..."

Sei que já te pedi isto mais de mil vezes, que até já deves achar um pedido sem sentido... Mas quis escrever-te uma carta para te pedir uma coisa, que não é simples, que não depende só de ti, mas que acredito que mereces, que estás no caminho para a encontrar... Só te queria pedir que sejas feliz!

"... Olho para o lado e estás com um sorriso enorme, estás a sonhar! Vai custar-me tanto dizer-te este "Bom dia!", acordar-te desse sonho, que parece estar a ser-te tão grato. Hesito em tocar-te, em aproximar-me... Procuro com o olhar uma flor, uma linda flor... Ali há uma, é enorme, tem demasiadas cores para a conseguir descrever com precisão! Há muito tempo que aqui estou e nunca tinha dado conta dela... Acho que nunca tinha olhado para aqui!.. "

Esta foi a carta que te quis escrever há muito tempo, mas que só hoje tive paz para escrever.

Beijo,

Ass: ....

"... Bom dia!.. Esta flor é para ti!.. "

P.S: Prometo que um dia te levo a conhecer melhor aquela ilha!..


quarta-feira, junho 21, 2006

Uma longa caminhada...

Vagueando, sozinho, por este espaço único, por esta tranquilidade e silêncio, chegam-me, a todos os momentos, a todos os olhares, recordações, recordações de dias lindos, de sorrisos, de olhares ternos, de discussões, que pareceram inacabáveis, de amizades, que se mostraram ridículas, mas, principalmente, de amizades que se tornaram, hoje, em amores para uma vida! É o ar quente, aliviado pela suave brisa, que me faz sentir calmo, com força para continuar a caminhar neste lindo espaço… Sinto o toque áspero da seiva que se planta aqui, toque que me faz ter a sensação de estar vivo, que me faz estar atento ao caminho, que me faz, principalmente, ter a noção de que isto não é um sonho! Sinto-me plenamente acordado, sei que toda esta cor, toda esta paz são frutos de uma longa caminhada!.. Paro, por um breve momento, e olho à minha volta… É indescritível a sensação de estar perdido, mas, ao mesmo tempo, de me sentir confortável, sentir que vou no caminho certo, que haverá um espaço ainda mais bonito que este! Sei que as recordações serão sempre as mesmas, sei que vai chegar a noite, o momento que mais custa passar… Disseste-me, várias vezes, que não sou um ser da noite, que só o Sol me traz a verdadeira alegria, as palavras que parecem querer fugir com o escuro e o frio da noite!..

Hoje há algo que me faz sentir irremediavelmente feliz! Hoje é o maior dia do ano, hoje sei que o sol vai tardar a pôr-se, sei que a noite vai ser curta!

Bem…é tempo de continuar a andar, não posso ficar aqui parado!..

(...)

Is there a time for keeping your distance
A time to turn your eyes away
Is there a time for keeping your head down
For getting on with your day

Is there a time for kohl and lipstick
A time for cutting hair
Is there a time for high street shopping
To find the right dress to wear

Here she comes
Heads turn around
Here she comes
To take her crown

Is there a time to run for cover
A time for kiss and tell
Is there a time for different colours
Different names you find it hard to spell

Is there a time for first communion
A time for East 17
Is there a time to turn to Mecca
Is there time to be a beauty queen

Here she comes
Beauty plays the clown
Here she comes
Surreal in her crown

Dici che il fiume
Trova la via al mare
E come il fiume
Giungerai a me
Oltre i confini
E le terre assetate
Dici che come fiume
Come fiume...
L'amore giunger
L'amore...
E non so più pregare
E nell'amore non so più sperare
E quell'amore non so più aspettare

Is there a time for tying ribbons
A time for Christmas trees
Is there a time for laying tables
And the night is set to freeze

Passengers

O meu tributo!

Ajudem a ajudar!

Quem me conhece sabe que adoro U2. Sabe que já não passo sem ouvir as musicas deles... O que se calhar, alguns, não sabem, é que eles, alem de serem uma excelente banda, são, também, ícones da luta pela igualdade, da luta pela Paz! Hoje quis dar o meu contributo a eles, à sua causa, que também entendo como minha!

Para nunca esquecer...

Declaração Universal dos Direitos do Homem

Proclamada pela Assembleia Geral da ONU a 10 de Dezembro de 1948

Preâmbulo

Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo;

Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos do homem conduziram a actos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do homem;

Considerando que é essencial a protecção dos direitos do homem através de um regime de direito, para que o homem não seja compelido, em supremo recurso, à revolta contra a tirania e a opressão;

Considerando que é essencial encorajar o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações;

Considerando que, na Carta, os povos das Nações Unidas proclamam, de novo, a sua fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor da pessoa humana, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres e se declararam resolvidos a favorecer o progresso social e a instaurar melhores condições de vida dento de uma liberdade mais ampla;

Considerando que os Estados membros se comprometeram a promover, em cooperação com a Organização das Nações Unidas, o respeito universal e efectivo dos direitos do homem e das liberdades fundamentais;

Considerando que uma concepção comum destes direitos e liberdades é da mais alta importância para dar plena satisfação a tal compromisso:

A Assembleia Geral

Proclama a presente Declaração Universal dos Direitos do Homem como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação universais e efectivos tanto entre as populações dos próprios Estados membros como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição.

ARTIGO 1.º

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

ARTIGO 2.º

Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação.

Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autónomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.

ARTIGO 3.º

Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

ARTIGO 4.º

Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos.

ARTIGO 5.º

Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.

ARTIGO 6.º

Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento em todos os lugares da sua personalidade jurídica.

ARTIGO 7.º

Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual protecção da lei. Todos têm direito a protecção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

ARTIGO 8.º

Toda a pessoa tem direito a recurso efectivo para as jurisdições nacionais competentes contra os actos que violem os direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição ou pela lei.

ARTIGO 9.º

Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado.

ARTIGO 10.º

Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja equitativa e publicamente julgada por um tribunal independente e imparcial que decida dos seus direitos e obrigações ou das razões de qualquer acusação em matéria penal que contra ela seja deduzida.

ARTIGO 11.º

1. Toda a pessoa acusada de um acto delituoso presume-se inocente até que a sua culpabilidade fique legalmente provada no decurso de um processo público em que todas as garantias necessárias de defesa lhe sejam asseguradas.

2. Ninguém será condenado por acções ou omissões que, no momento da sua prática, não constituíam acto delituoso à face do direito interno ou internacional. Do mesmo modo, não será infligida pena mais grave do que a que era aplicável no momento em que o acto delituoso foi cometido.

ARTIGO 12.º

Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais intromissões ou ataques toda a pessoa tem direito a protecção da lei.

ARTIGO 13.º

1. Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um Estado.

2. Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o direito de regressar ao seu país.

ARTIGO 14.º

1. Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar de asilo em outros países.

2. Este direito não pode, porém, ser invocado no caso de processo realmente existente por crime de direito comum ou por actividades contrárias aos fins e aos princípios das Nações Unidas.

ARTIGO 15.º

1. Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade.

2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade.

ARTIGO 16.º

1. A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar e de constituir família, sem restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião. Durante o casamento e na altura da sua dissolução, ambos têm direitos iguais.

2. O casamento não pode ser celebrado sem o livre e pleno consentimento dos futuros esposos.

3. A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à protecção desta e do Estado.

ARTIGO 17.º

1. Toda a pessoa, individual ou colectivamente, tem direito à propriedade.

2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade.

ARTIGO 18.º

Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.

ARTIGO 19.º

Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão.

ARTIGO 20.º

1. Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas.

2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.

ARTIGO 21.º

1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direcção dos negócios públicos do seu país, quer directamente, quer por intermédio de representantes livremente escolhidos.

2. Toda a pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, às funções públicos do seu país.

3. A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos; e deve exprimir-se através de eleições honestas a realizar periodicamente por sufrágio universal e igual, com voto secreto ou segundo processo equivalente que salvaguarde a liberdade de voto.

ARTIGO 22.º

Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode legitimamente exigir a satisfação dos direitos económicos, sociais e culturais indispensáveis, graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, de harmonia com a organização e os recursos de cada país.

ARTIGO 23.º

1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à protecção contra o desemprego.

2. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.

3. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de protecção social.

4. Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar em sindicatos para a defesa dos seus interesses.

ARTIGO 24.º

Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres e, especialmente, a uma limitação razoável da duração do trabalho e a férias periódicas pagas.

ARTIGO 25.º

1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.

2. A maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimónio, gozam da mesma protecção social.

ARTIGO 26.º

1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito.

2. A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das actividades das Nações Unidas para a manutenção da paz.

3. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos.

ARTIGO 27.º

1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar no progresso científico e nos benefícios que deste resultam.

2. Todos têm direito à protecção dos interesses morais e materiais ligados a qualquer produção científica, literária ou artística da sua autoria.

ARTIGO 28.º

Toda a pessoa tem direito a que reine, no plano social e no plano internacional, uma ordem capaz de tornar plenamente efectivos os direitos e as liberdades enunciados na presente Declaração.

ARTIGO 29.º

1. O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível o livre e pleno desenvolvimento da sua personalidade.

2. No exercício destes direitos e no gozo destas liberdades ninguém está sujeito senão às limitações estabelecidas pela lei com vista exclusivamente a promover o reconhecimento e o respeito dos direitos e liberdades dos outros e a fim de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar numa sociedade democrática.

3. Em caso algum estes direitos e liberdades poderão ser exercidos contrariamente aos fins e aos princípios das Nações Unidas.

ARTIGO 30.º

Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de maneira a envolver para qualquer Estado, agrupamento ou indivíduo o direito de se entregar a alguma actividade ou de praticar algum acto destinado a destruir os direitos e liberdades aqui enunciados.

ONU