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sábado, setembro 29, 2007

Fim.


Há dias em que tudo muda. Mudam as pessoas que estão à nossa volta, mudam os sentimentos que nos perseguem a vida inteira, muda a forma como abrimos os olhos ao acordar....tudo muda!”. Este foi o mote para abrir um espaço de reflexão, de partilha e entrega. Este Blog ganhou “Vida…” com a certeza de que, mais do que tudo, seria um espaço de entrega meu… “Tudo muda e nós insistimos em não mudar nada! Ficamos parados a ver a vida correr...”. Muita coisa mudou durante os últimos meses, muita coisa, na qual eu próprio me incluo, afinal a vida é isto mesmo, um constante processo de crescimento e de mudança. Mudei a tal ponto de hoje ter a certeza que este blog já não é mais o espaço de serenidade e entrega que procurei criar. Orgulho-me de tudo o que aqui está publicado, orgulho-me de todas as pessoas que colaboraram comigo, orgulho-me muito desta “Vida..”, mas “Uma Vida Muda…” e “Este blog é só uma forma de não ficar parado!.. É só uma forma de me tentar mudar!..” e a minha vida mudou e hoje é dia de escrever a ultima pagina deste pequeno livro, livro que foi o meu espelho e daqueles que me rodearam, durante o seu tempo de escrita. Só quero dizer que fico muito feliz por este blog nunca ter sido um espaço abandonado, por sempre ter contado com as visitas e os comentários de alguém simpático.

Peço-vos que vejam esta despedida da mesma forma que um pai se despede do filho no dia em que ele se torna independente e decide ir viver sozinho. Para mim deixou de fazer sentido escrever mais uma palavra que fosse neste “Vida…”, não por me ter chateado com ela, não por já não ter vontade de escrever, mas simplesmente porque senti que não havia mais nada de novo a acrescentar-lhe.

Resta-me terminar e dizer:

- Ponto final.

29 de Setembro de 2007

João.

segunda-feira, setembro 17, 2007

I Want To Know What Love Is

I gotta take a little time
A little time to think things over
I better read between the lines
In case I need it when I'm older

This mountain I must climb
Feels like the world's upon my shoulders
Through the clouds I see love shine
It keeps me warm as life grows colder

In my life there's been heartache and pain
I don't know if I can face it again
I can't stop now, I've traveled so far
To change this lonely life

Chorus
I want to know what love is
I want you to show me
I want to feel what love is
I know you can show me

I'm gonna take a little time
A little time to look around me
I've got nowhere left to hide
It looks like love has finally found me

In my life there's been heartache and pain
I don't know if I can face it again
Can't stop now, I've traveled so far
To change this lonely life

Repeat Chorus

quinta-feira, agosto 30, 2007

.

Porque assim o quiseste:

.

30-08-2007.

João.

quinta-feira, agosto 02, 2007

O que é viver?

Valeu a espera... Obrigado pelo texto!..

viver é

viver é sentir.

viver não é só respirar e deixar o coração bater. viver não é só comer e beber, não é só dormir e crescer ou morrer.

viver é amar, é estar triste e sorrir, é gostar do fresco sabor da água e adorar estar deitado na relva.

viver é poder dizer a alguém tudo o que lhe gostavas de dizer. ou então nada dizer e manter o silêncio da cumplicidade durante todo o tempo que quisermos.

porque a vida não é só um acaso cósmico, de sucessivas ligações e interacções químicas, que a formularam neste nosso planeta azul.

a vida é um estado e um mistério para mim. viver é sentir, seja isso o que for.


e ainda bem que existe, inexplicada, a vida.

Rasputine

quarta-feira, julho 18, 2007

When Susannah cries

When Susannah cries
she cries a rainstorm
she cries a river
she cries a hole in the ground
she cries for love
she cries a sad song
she cries a shiver
sometimes she cries for me too

And I say I'll never hurt her
but she knows it isn't true
'cos although I never told her
I think she knews bout me and you
now she cries with silent tension
this can't be right
and the downtown special cries along
'cos I'm leaving tonight

Now I slip the night around her
and I hope she'll be okay
I just pray someone will find her
and guide her along her way
'cos I'm leaving on the 1 am
by soon I'm out of sight
but she'll always be my baby
though I'm leaving tonight

Every night I hear her
talking in her sleep
she says "You kmow I always be there"
and I feel like such a creep
please take back the love she gave to me
and in time her grief will pass
just tell her that I loved her
now it's all she has


segunda-feira, julho 16, 2007

Homem de 50.

Pesadelos fingidos,

Lágrimas doces,

Rostos tristes,

Corpos caídos,

Olhares vazios…


Pobres daqueles que vivem na ilusão.

Pobres daqueles que vivem da ilusão.


Não se iludam!

O Mundo não acaba hoje

E não é hoje o dia para serem felizes!..

Regressem a casa,

Enfrentem-na como homens!

Vazia e fria,

Ela vai-vos esperar!..

Não adianta fugirem,

Porque as malditas recordações

Essas, não vão passar!..


As paredes brancas, sujas

Das conversas ordinárias,

Das promessas fingidas

E das gargalhadas sem sentido,

Essas vão lá estar!..



Casa dos sonhos?..

Dos malditos pesadelos?..


Abre as portas, porra!

Liberta essa cobardia,

Ergue o rosto e caminha pela passerelle,

Curva, a curva mostra esse teu corpo

Delineado e atraente.


O corpo que consome a lenha nas fogueiras,

Que trás os desejos de noites vadias,

Que arranca as palavras sujas da boca das mulheres,

Daquelas porcas, que vivem na sujidão da noite!..


Mereces os convites ordinários,

Porque insististe em pagar-lhes,

Pelos serviços medíocres,

Tão sem sentido,

Que consumiram cada gota de sangue,

Desse teu corpo corrompido.


Corpo de luxúria,

Virou lixo!..

Deixou-se cair nas bermas das estradas,

No banco do carro,

Deixou-se cair naquelas mãos odiosas!..


Ganha coragem e olha os retratos nas paredes,

As cartas guardadas nas gavetas,

Ouve a musica que insiste em tocar,

Sofre por cada palavra, cada acção!..

Sofre se tens de sofrer!..


Não sejas egoísta,

Nem sejas cobarde.

Conheces-te há anos,

Sabes a força que se esconde dentro de ti!..

E por muito cínico que queiras ser,

Tu és melhor que tu mesmo!..


Tu nasceste para vencer!..

Mas ainda não chegou o dia.

Não é hoje que vais morrer!..

quarta-feira, julho 11, 2007

Cool without you



I lied to you
I see it in your eyes
Burning questions

I should have talked to you,
But I wasn't strong enough
To face you and tell you

I know it's gonna break you
I know it's gonna take you down
But I gotta tell you,
It's over,

Girl now
I move out
I walk out on you
Nothing 's gonna change, so now
I move out,
I run out on you
'Cause life is pretty cool without you
Cool without you

Don't wanna lie to you
No I can't fool your pretty face,
So beautiful

Why should I change my mind
A thousand times
We can't go on
No we can't go on

I don't wanna hurt you
I don't wanna break you down,
But you've gotta believe me,
It's over,

Girl now
I move out
I walk out on you
Nothing 's gonna change, so now
I move out,
I run out on you
'Cause life is pretty cool without you

I'm cool without you

So now
I move out
I walk out on you
Nothing gonna change, so now
I move out,
I move out,
I run out on you
'Cause life is pretty cool without you
Cool without you

Di-Rect

quinta-feira, julho 05, 2007

L'Aurora

Por um motivo que me escuso revelar...

terça-feira, julho 03, 2007

Cryin

Simplesmente fantástico!...

sábado, junho 30, 2007

Que Deus

Há perguntas que têm de ser feitas...

Quem quer que sejas, onde quer que estejas,
Diz-me se é este o mundo que desejas,
Homens rezam, acreditam, morrem por ti,
Dizem que estás em todo o lado mas não sei se já te vi,
Vejo tanta dor no mundo pergunto-me se existes,
Onde está a tua alegria neste mundo de homens tristes?
Se ensinas o bem porque é que somos maus por natureza?
Se tudo podes porque é que não vejo comida á minha mesa?
Perdoa-me as dùvidas, tenho que perguntar,
Se sou teu filho e tu amas porque é que me fazes chorar?
Ninguém tem a verdade o que sabemos são palpites
Se sangue é derramado em teu nome é porque o permites?
Se me destes olhos porque é que não vejo nada?
Se sou feito á tua imagem porque é que durmo na calçada?
Será que pedir a paz entre os homens é pedir demais?
Porque é que sou discriminado se somos todos iguais?

Porquê?!

Porquê que os Homens se comportam como irracionais?
Porquê que guerras, doenças matam cada vez mais?
Porquê que a Paz não passa de ilusão?
Como pode o Homem amar com armas na mão? Porquê?
Peço perdão pelas perguntas que tem que ser feitas
E se eu escolher o meu caminho, será que me aceitas?
Quem és tu? Onde estás? O que fazes? Não sei...
Eu acredito é na Paz e no Amor...

Por favor não deixes o mal entrar no meu coração,
Dou por mim a chamar o teu nome em horas de aflição,
Mas tens tantos nomes, és Rei de tantos tronos,
E se o Homem nasce livre porque é que é alguns são donos?
Quem inventou o ódio, quem foi que inventou a guerra?
Ás vezes acho que o inferno é um lugar aqui na Terra,
Não deixes crianças sofrer pelos adultos,
Os pecados são os mesmos o que muda são os cultos,
Dizem que ensinaste o Homem a fazer o bem,
Mas no livro que escreveste cada um só leu o que lhe convém,
Passo noites em branco quase sem dormir a pensar,
Tantas perguntas, tanta coisa por explicar,
Interrogo-me, penso no destino que me deste,
E tudo que acontece é porque tu assim quiseste,
Porque é que me pões de luto e me levas quem eu amo?
Será que essa é a justiça pela qual eu tanto reclamo?
Será que só percebemos quando chegar a nossa altura?
Se calhar desse lado está a felicidade mais pura,
Mas se nada fiz, nada tenho a temer,
A morte não me assusta o que assusta é a forma de morrer...

Porquê que os Homens se comportam como irracionais?
Porquê que guerras, doenças matam cada vez mais?
Porquê que a Paz não passa de ilusão?
Como pode o Homem amar com armas na mão? Porquê?
Peço perdão pelas perguntas que tem que ser feitas
E se eu escolher o meu caminho, será que me aceitas?
Quem és tu? Onde estás? O que fazes? Não sei...
Eu acredito é na Paz e no Amor...

Quanto mais tento aprender, mais sei que nada sei,
Quanto mais chamo o teu nome menos entendo o que te chamei!
Por mais respostas que tenha a dúvida é maior,
Quero aprender com os meus defeitos, acordar um homem melhor,
Respeito o meu próximo para que ele me respeite a mim,
Penso na origem de tudo e penso como será o fim,
A morte é o fim ou é um novo amanhecer?
Se é começar outra vez então já posso morrer...

(Ao lado ainda arde, a barca da fantasia,
o meu sonho acaba tarde,
acordar é que eu não queria...)


Boss AC

quarta-feira, junho 27, 2007

Get here.

You can reach me by railway, you can reach me by trailway
You can reach me on an airplane, you can reach me with your mind
You can reach me by caravan, cross the desert like an Arab man
I don't care how you get here, just- get here if you can

You can reach me by sailboat, climb a tree and swing rope to rope
Take a sled and slide down slow, into these arms of mine
You can jump on a speedy colt, cross the border in a blaze of hope
I don't care how you get here, just- get here if you can
.

There are hills and mountains between us
Always something to get over
If I had my way, then surely you would be closer
I need you closer

(interlude, then repeat bridge)

You can windsurf into my life, take me up on a carpet ride
You can make it in a big balloon, but you better make it soon
You can reach me by caravan, cross the desert like an Arab man
I don't care how you get here, just- get here if you can

I don't care, I don’t care, I need you right here right now

I need you right here, right now, right by my side (yeah, yeah, yeah, yeah)

I don't care how you get here, just- get here if you can.


Oleta Adams

Amor Eterno.

Numa ilha perdida,

Chega um barco negro,

Sozinha na praia vagueais sozinha,

Meu corpo se derruba na areia húmida,

Morto e frio,

Sozinho, junto com Deus.


A força do vento, que vos protege,

O frio do mar, que me entrega,

Acompanha-vos até ao refugio,

Sombrio, que à luz do fogo

E ao calor da fogueira,

Se dará a conhecer como o,

Templo, sarcófago, eterno,

Que guardará o amor,

A eterna saudade.


Correm os dias de sol,

Os gestos de carinho,

Desabrocham sentimentos,

Perdidos entre as nuvens brancas,

Que brincam nos nossos corpos

E que dão vida ao vosso olhar.

Verdejam os campos,

Infinitas miragens, em tardes perdidas,

Na saudade do dia de amanhã.

Espero-vos sentado,

Sozinho, junto com o mar.


Tarda ver o sol se pôr,

Vosso cavalo branco,

Correndo velozmente pela praia.

Abraços são as boas novas,

De que estais de volta,

Com os azuis olhos,

Loiros cabelos,

Esvoaçantes com este vento.


Não partis sem antes vos tocar,

Vos ter e sentir-nos sós,

Juntos com o mar.

Parto na viagem, fugindo,

Entregue de novo ao mar.

Remo o barco negro,

Agora que me custa remar,

Remo o barco negro,

Sozinho, junto com o mar.

Prometo-vos, que um dia vou voltar!..

domingo, junho 24, 2007

Permitam-me partilhar convosco a arte que este meu grande amigo tem para descrever um sentimento. Espero que este poema vos toque, como a mim. É um poema com muita força, muito sentimento, muita verdade e sinceridade.


Obrigado Miguel.


"

partiste para sempre

numa viagem sem destino

agora que estás ausente

dou-te justo sentido

nunca dantes pensava

que isto pudesse ser

porque apenas sonhava

eu não queria ver

deixaste-me perdido

afogado em mágoa

tão só, desprotegido

porque sem ti, sou nada

e sinto a tua falta

é como um pesadelo

olho à minha volta

é tão grande o meu medo


não me resta força alguma

para seguir minha viagem

minha alma está nua

vagueia na miragem

e perde-se no tempo

o tempo que te trás

já não existe espaço

que te tenha por lá

assim eu desespero

nesta realidade

porque ainda te espero

sentado na saudade

só ouço o coração

ainda bate por ti

e nego na razão

o princípio do fim


recuso aceitar

como tudo se afirma

prefiro delirar

isso me silencia

navego pelo vento

mergulhando no fogo

e durmo ao relento

sou rebelde, sou louco

hoje de olhos abertos

ainda não quero ver

os teus olhos despertos

de volta o meu sofrer

e dentro do meu mundo

num barco a navegar

jamais irás ao fundo

sempre te irei amar.


"

Miguel.

sexta-feira, junho 22, 2007

Liberdade

Sopros de liberdade,

São as palavras vãs que dizemos,

Os momentos íntimos que passámos,

Os assaltos de raiva e desespero.

São as gotas de lágrima que escorrem,

São os rostos tristes,

Somos nós, sozinhos.


Sopros de liberdade,

São os sorrisos trémulos, das crianças que pedem na rua,

São as folhas caídas no chão, nas tardes de Outono,

As chuvas e o vento, que assolam o mundo no Inverno,

As tempestades que levam vidas, ao sabor do vento.


A Liberdade é o não ter direito a sorrir.

É pagar para ser feliz.

É viver num quarto fechado.

É não saber o sabor da água doce.

Liberdade é não estar vivo.

Não ter força para gritar.


Ser livre é não pagar para estar livre!..

É não ser hipócrita,

Olhar o Mundo e não sorrir,

Passar na rua e estender a mão,

É dar pão a quem tem fome,

E abraçar quem sofre.

Ser livre é não estar só.


Liberdade é não estar vivo,

Porque estar vivo é só um sopro,

Liberdade é não viver este Mundo,

É sermos únicos!..

É dizer não!..


Livres!..

quarta-feira, junho 20, 2007

Hoje sinto nada


Hoje sinto nada
Um nada que não me orgulho
De vazio da solidão
De nada
De tudo

Hoje sinto nada
Vivendo talvez
Num sonho de nada
De nada que é tudo
De onde não quero acordar...

Talvez hoje sinta algo
Espero pela alma
Na esquina onde te encontrava

Ana Castro

segunda-feira, junho 18, 2007




Balança-te alma
Segura-te alma
Prende-te alma

GRITA

Respira alma
Serena alma
Adormece alma
No regaço de alguém sem nome

Ana Castro

sexta-feira, junho 15, 2007

Saudade.


Faltarão as palavras!

O sol vai-se pôr,

O dia vai acabar

E eu vou sentir saudade…


Triste, só e perdido,

É como me vou sentir,

No dia em que te vir partir!..


Vou precisar de ti,

Ao meu lado.

Quererei abraçar-te!..


Tu já estarás longe,

Voando sobre a minha cabeça,

Vendo-me chorar,

Sem forças para mais!..


Vais sorrir e perceber

Que eras tu que eu sempre quis ter

Ao meu lado para viver!..


A distância será entre o céu e o mar,

Mas eu sempre te vou amar!


Nesse dia,

Descerás até mim,

Para me abraçar!..

quinta-feira, junho 14, 2007

Liberdade para Amar.

Nos dias de Inverno,

Em que o calor parece chegar,

Nas tardes frias, com um sol,

Morno e meigo,

Sinto-me mais livre,

Como as andorinhas que voam,

Sozinhas no ar.


Ganho asas e corro o Mundo.

Abraço os amigos e a família,

Despeço-me da casa, da praia

E digo: - Bom dia! ; (planando pelo ar).

Agora já não preciso erguer-me,

Sempre que preciso de gritar.

Agora que estou no alto

E consigo falar,

Agora que me ouves,

Sem me poderes tocar,

Escuta e guarda estas palavras:

Hoje não precisarei de gritar!

Hoje tenho a certeza que me vais ouvir:

- Sinto-me livre e és tu a quem quero amar!..

Fazer-te voar.

Nos dias que passo junto ao mar,

Naqueles que sinto a brisa no ar,

Preciso de ti, ao meu lado,

Quero ser teu e ver o tempo ficar parado!


Dançar ao som das ondas, e dos pássaros

Que voam no ar,

Dar-te a mão, e fazer-te voar.

quarta-feira, junho 13, 2007

Iris

Não me canso desta musica...
Aqui fica!..

Agora que partiste

Agora que partiste,

Vivo para morrer!

Sinto saudades tuas,

Do calor do teu beijo,

Do abraço perdido,

Do sorriso sincero,

Da alegria que havia em ti!..

Sempre te quis ter,

Ao meu lado.

Sempre te tive,

Sempre sem te tocar.

Sempre te amei,

Sempre sem te falar.

Vivo já sem ti,

Vivo para morrer

Conto os dias,

Todos os dias,

Esperando por um,

Em que te volte a ter!..

Escrevo-te mil cartas,

Perco-me no tempo,

Perco-me nas horas,

E no branco das folhas de papel.

Adormeço ao som do bater das teclas

E sonho contigo.

Voam as horas…

O relógio não para de as contar.

E, agora que partiste,

Vivo para morrer, vivo para te amar!..

Nuno Rocha.

segunda-feira, junho 11, 2007

Balancé



Quero e não quero

Sinto

Não quero sentir

Da raiva este brincar

Este balançar de corda

Baloiço de criança

Que não sabe o que quer

Ora puxas

Ora largas

Ora ficas

Ora vais

Enjoa este vai e vem

Este fica que não foge

Este volta que não toca

Balança, balancé

Corda vai, corda vem

Sou poeta

Sou abrigo

Sou princesa

Sou boneca

Sou o que sonhas

E idealizas sonhando

Sou tudo que precisas que seja

E nada daquilo que guardas





Balança, balancé

Corda vai, corda vem

Queres

Não queres

Sentes,

Não sentes

Ouves sem escutar

Confias desconfiando

Balança, balancé

Corda vai e já não volta


Acorda a boneca de trapos

Desfia a alma no tear do desapontamento

E vai balançando

Vai indo

E não voltando

Ama a criança
Ama o baloiço

Não é mais brinquedo

Nem fantasia de balançar!

Ana Castro

sábado, junho 02, 2007

A Peça vai começar!..

Noite escura,
Olhar brilhante,
Quieto e sereno.
Sombras tímidas.
São as luzes do momento.

Palavra vagas,
Olhares discretos,
Sorrisos ternos,
Personagens únicas,
São o elenco desta noite.

Soalho gasto,
Madeira velha,
Ranger melodioso,
Aroma sufocante,
É o palco desta peça.

Silêncio absoluto,
Ambiente constrangedor,
Sabor a intriga,
Sabor a paixão,
É o público, desta sessão.

Abra-se o pano!..
A Peça vai começar!..

segunda-feira, maio 28, 2007

É contigo que eu quero estar!

Aqui fica o desafio e o pedido a alguém que queira musicar esta letra...


Vejo-te nesta noite sem luar,

Iluminas a minha rua,

Com o teu olhar a brilhar.

Canto-te ao ouvido esta canção de embalar,


Vem até mim e fica ao meu lado

Vamos brincar neste lugar…

Vamos sorrir até a noite acabar!..

Dá-me a tua mão e vem voar!...


É contigo que eu quero estar!


Preciso de ti, como o céu do mar.

Preciso de ti a cada acordar,

Sentir-te ao meu lado para te abraçar.

Os teus olhos fazem-me voar.


Somos dois corpos unidos, num só lugar.

Vivemos os dois nesta rua, que nos faz sonhar.

Acendem-se as velas e o calor desta noite vem-nos beijar.


É contigo que eu quero estar!


Preciso de ti, como o céu do mar.

Preciso de ti a cada acordar,

Sentir-te ao meu lado para te abraçar.

Os teus olhos fazem-me voar.


É contigo que eu quero estar!


Hoje não sou capaz de voltar a casa,

É nesta rua que quero estar!

Ao teu lado quero passar

Esta noite, sem luar!..


É contigo que eu quero estar!


É a ti que quero amar!..

vou deixar a rua me levar


Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho aonde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus e que não abro mão

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você


É... mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você...

Os anjos não têm asas...

Aqui ficam pequenos excertos de um texto escrito ao longo do tempo e que, irremediavelmente, estará sempre inacabado e pouco conexo...

“ (…)

Num dia, igual a tantos outros dias, bateste ao vidro da janela do meu quarto, com um sorriso fantástico e com um olhar que, logo ali, me prendeu a ti!.. Abro-te a janela e tu ficas sentado, do lado de fora, a olhar-me e a sorrir.

(…)

Sem dizermos uma única palavra passámos o dia e a noite a olhar um no outro… Senti que algo de muito especial se passava ali. Senti que tu não eras igual a tantas outras personagens que passaram pela minha janela. As tuas asas transportavam uma luz intensa, os teus cabelos eram suaves e voavam com o vento. Sem dúvida, não eras um Anjo igual aos outros!.. Sabias exactamente aquilo de que eu precisava e tinhas um poder imenso de me fazer sorrir e sentir bem…

(…)

Outro dia nasceu e tu bateste as tuas asas e voaste para longe, em direcção ao Sol, com a promessa de voltares sempre que precisar… Mas antes, disseste-me e fizeste-me recordar esta frase:

“Os anjos não têm asas!...”

(…) “

sábado, maio 26, 2007

Mascara



Esbranquiçada
Na tua frente
Dura
Espessa
Viscosa
Maldita!
Em volta em ti,
Por toda a parte
Mascara maldita,
Essa que te cobre
E te faz imitar quem és!

terça-feira, maio 15, 2007

Eu sei



Papas da Língua

Composição: Serginho Moah e Fernando Pezão

Eu sei, tudo pode acontecer
Eu sei, nosso amor não vai morrer
Vou pedir, aos céus, você aqui comigo
Vou jogar, no mar, flores pra te encontrar

Não sei, porque você disse adeus
Guardei, o beijo que você me deu
Vou pedir, aos céus, você aqui comigo
Vou jogar, no mar, flores pra te encontrar

You say good-bye, and I say hello
You say good-bye, and I say hello
Ohohoh
Yeah yeah yeah yeah

Não sei, porque você disse adeus
Guardei, o beijo que você me deu
Vou pedir, aos céus, você aqui comigo
Vou jogar, no mar, flores pra te encontrar

you say good bye and I say hello
you say good bye and I say hello
ohohoh
Yeah yeah yeah yeah

sábado, maio 12, 2007

Amam...

Nascem com o sol da manhã,

Embrulhados em trapos de roupa,

Preta.

Vivem sozinhos, alheios a tudo.

São poucos. Sorriem,

Sozinhos.


Correm desesperadamente pelo prado,

Seco.


Sentem o calor da tarde nos seus corpos,

Tocam-se. Sentem-se.

Tornam-se num.


Derramam as lágrimas ao sabor do vento.

Lavam a cara nessa água pura,

São felizes.


De mãos dadas olham-se,

Em silêncio.


Vivem.


Amam.

segunda-feira, abril 23, 2007

Caçador de Sóis

Pelo céu as cavalitas,
Escondi nos teus caracóis,
A estrela mais bonita, que eu já vi

Eu cresci com um encanto,
De ser caçador de sois,
Eu já corri tanto, tanto para ti

Fui um príncipe encantado
Montado nos teus joelhos,
Um eterno enamorado, a valer

Lancelot de algibeira,
Mas segui os teus conselhos
Para voltar a tua beira
E ser o que eu quiser

Os teus olhos foram esperança
Os meus olhos giras sois
Fomos onde a vista alcança da nossa janela

Já deixei de ser criança e tu dormes à lareira
Ainda sinto a minha estrela nos teus caracóis

Ala dos Namorados

Amanhã não se sabe

Como as folhas com o vento
até onde vai dar o firmamento
toda hora enquanto é tempo
vivo aqui este momento

hoje aqui amanhã não se sabe
vivo agora antes que o dia acabe
este instante nunca é tarde
mal começou eu já estou com saudades

me abraça, me aceita
me aceita assim meu amor
me abraça, me beija
me aceita assim como eu sou
e deixa ser o que for

como as ondas com a maré
até onde não vai dar mais pé
este instante tal qual é
vivo aqui e seja o que Deus quiser

hoje aqui não importa pra onde vamos
vivo agora não tenho outros planos
e é tão fácil viver sonhando
enquanto isso a vida vai passando



Ls Jack

domingo, abril 22, 2007

Uma noite...

...


Já sentiste o que é sorrir naturalmente?
Sabes o que é estar feliz?
Algum dia acordaste com o sol da manhã a entrar pela janela do quarto?
Já sentiste o prazer de um passeio ao final da tarde pela praia deserta?
Consegues descrever a sensação de ser amado?
E de amar?
Já amaste?
Sentes-te capaz de me dar uma resposta?


...

É normal eu começar os meus textos por "Um dia...", mas hoje recuso-me a viver a hipocrisia de ser apenas autor do texto e de me recusar a assumir o papel de personagem principal. Respondo às necessidades do meu ego e decido sentar-me a escrever! Sem mais percas de tempo, corro para o quarto, abro a janela, que dá para rua e olho a lua, que hoje me parece tão tímida... A noite parece uma daquelas fantásticas noites de verão, com um ar quente, o céu limpo e estrelado (sabe-me tão bem estar aqui agora!..). Depois de um café e uma conversa ocasional entre amigos, num espaço muito "chill out", parece que tenho um manto de conforto a cobrir o meu corpo e ao mesmo tempo um turbilhão de perguntas a rondarem o meu ser. É a vontade de lhes dar uma resposta que me arrasta para aqui e, por muito estranho que pareça, não me sinto capaz de lhes dar uma neste momento, talvez porque me sinta transportado e a levitar num outro espaço, muito diferente do meu normal. Lembro-me agora que há uns meses acordei com uma alegria fora do normal e que, num impulso, escrevi um texto, que era um elogio à alegria, à felicidade e ao amor. Tenho a consciência de não ter passado de um estado de espírito que, rapidamente, se dissipou e deu lugar à melancolia, que tanto me caracteriza.
Todos crescemos e vamos tendo consciência das mudanças que vamos sofrendo com o tempo e as vivências que caracterizam e dão corpo à nossa Vida e, por isso, hoje, apenas me limito a deixar as perguntas no ar, para que um dia, quando estiver, de novo, aqui sentado, sem estar a ser vitima deste estado de espírito, seja capaz de dar resposta a todas estas perguntas.

Contudo, resta-me dizer: - Já amei! Já sorri!; e dar inicio a este novo texto por:

"Uma noite..."

(...)

Vem voar comigo!.. (Monólogo)

Gostei de te rever.
Fascinou-me o teu olhar,
Fascinou-me o teu sorriso.
Tu hoje fizeste-me voar.
Deste-me a mão,
Agarraste-a com a força das tuas palavras.
Simples, quentes, ternas,
Tuas!.. Tão tuas...
Não fui capaz de te olhar nos olhos,
Nem de te abraçar.
Contigo, apenas me senti capaz de voar.
Bem alto e longe de tudo isto,
Sem mais ninguém,
Procurei em ti um sopro de liberdade,
Um espaço onde fosse possível amar!..
Não é justo ter que te escrever assim,
Muito menos nunca ouvir um "sim".
Quero chegar até ti e dizer-te ao ouvido:
- Vem voar comigo!..
______________

Nuno Rocha

sexta-feira, abril 06, 2007

olhos de mae


Bate suavemente a porta

Respira fundo

Naquele íntimo mais ausente

Olha no espelho

O da infância

O mais desgastado

Do tempo irritante

Que bate em cada tic

Suavizando cada tac

(mesmo assim, irritante!)

Olhos de mãe procuram alguém

São doces

São ternos

Serenos também

Abraçam sorrindo

Um reflexo que chora

Que busca certeza

Que perde certeza

Sabe a meiguice

Este olhar que não conheço

Sabe a doce

E não sei bem a que mais

Alguém clama um fim

Alguém pede para acabar

Mas olhos de mãe respiram

Transpirando um sentimento longínquo

Que beija

Que abraça

Que mima

Alguém fica sem saber

Se quer acabar

Se quer continuar

E olhos de mãe abraçam

E sussurram bem baixinho

Melodias de embalar

Contos de fada

De final feliz

Adormece a princesa

Alguém sem certeza

(e sonha com os olhos,

Aqueles olhos de mãe)

Filipa Castro

domingo, abril 01, 2007

I could stay awake just to hear you breathing
Watch you smile while you are sleeping
While youre far away dreaming
I could spend my life in this sweet surrender
I could stay lost in this moment forever
Every moment spent with you is a moment I treasure

Dont want to close my eyes
I dont want to fall asleep
Cause Id miss you baby
And I dont want to miss a thing
Cause even when I dream of you
The sweetest dream will never do
Id still miss you baby
And I dont want to miss a thing

Lying close to you feeling your heart beating
And Im wondering what youre dreaming
Wondering if its me youre seeing
Then I kiss your eyes
And thank God were together
I just want to stay with you in this moment forever
Forever and ever

Dont want to close my eyes
I dont want to fall asleep
Cause Id miss you baby
And I dont want to miss a thing
Cause even when I dream of you
The sweetest dream will never do
Id still miss you baby
And I dont want to miss a thing

I dont want to miss one smile
I dont want to miss one kiss
I just want to be with you
Right here with you, just like this
I just want to hold you close
Feel your heart so close to mine
And just stay here in this moment
For all the rest of time

Dont want to close my eyes
I dont want to fall asleep
Cause Id miss you baby
And I dont want to miss a thing
Cause even when I dream of you
The sweetest dream will never do
Id still miss you baby
And I dont want to miss a thing

Dont want to close my eyes
I dont want to fall asleep
I dont want to miss a thing

domingo, março 18, 2007

É hora


Apaguem as velas deste bolo

O menino dormita no berço

É quase noite

Apaguem!


Céu azul poente

Limpidez profundamente entorpecente

Doce morno

De um sol já dormente

Num verso rimado desnecessariamente

Ping, ping

Está perto!

Chove tristeza

(alegre talvez)

De um céu de feitiço sem nuvens

Apaguem as velas deste bolo!

Sentar

Colher meiguice

De letras saltitantes,

Escondidas nos vértices

Deste livro sem esquinas,

Sentimentos entre páginas,

Intermináveis!

De uma história de embalar

Agita-se a criança

Qual berço de nuvens?

Qual cuidado?

Qual carinho?

Ping, ping, ping

Chora uma rosa

Corre uma alma sem sexo

Sob céu límpido

São lágrimas!

Afinal o céu é salgado

(e eu que pensava que ele sabia a mel

De fim de tarde)

Apaguem as velas desse bolo!


Já escurece

Não tarda acorda o menino

Desfazem-se os tratos

Perde-se o jogo de mais uma vida!

Soa o violino

Embala a princesa

Agita o menino

Pendura a melodia na lua crescente

Cresce a noite

Intenso o mistério

Morre a luz

Adormece a brisa

Grita no céu uma estrela cadente

Beija a alma

(sem sexo ainda)

Esboça um sorriso

Pára a chuva

Apagam-se as velas

Chora o menino

ACORDA!

É hora…

Filipa Castro