Procurar

segunda-feira, julho 16, 2007

Homem de 50.

Pesadelos fingidos,

Lágrimas doces,

Rostos tristes,

Corpos caídos,

Olhares vazios…


Pobres daqueles que vivem na ilusão.

Pobres daqueles que vivem da ilusão.


Não se iludam!

O Mundo não acaba hoje

E não é hoje o dia para serem felizes!..

Regressem a casa,

Enfrentem-na como homens!

Vazia e fria,

Ela vai-vos esperar!..

Não adianta fugirem,

Porque as malditas recordações

Essas, não vão passar!..


As paredes brancas, sujas

Das conversas ordinárias,

Das promessas fingidas

E das gargalhadas sem sentido,

Essas vão lá estar!..



Casa dos sonhos?..

Dos malditos pesadelos?..


Abre as portas, porra!

Liberta essa cobardia,

Ergue o rosto e caminha pela passerelle,

Curva, a curva mostra esse teu corpo

Delineado e atraente.


O corpo que consome a lenha nas fogueiras,

Que trás os desejos de noites vadias,

Que arranca as palavras sujas da boca das mulheres,

Daquelas porcas, que vivem na sujidão da noite!..


Mereces os convites ordinários,

Porque insististe em pagar-lhes,

Pelos serviços medíocres,

Tão sem sentido,

Que consumiram cada gota de sangue,

Desse teu corpo corrompido.


Corpo de luxúria,

Virou lixo!..

Deixou-se cair nas bermas das estradas,

No banco do carro,

Deixou-se cair naquelas mãos odiosas!..


Ganha coragem e olha os retratos nas paredes,

As cartas guardadas nas gavetas,

Ouve a musica que insiste em tocar,

Sofre por cada palavra, cada acção!..

Sofre se tens de sofrer!..


Não sejas egoísta,

Nem sejas cobarde.

Conheces-te há anos,

Sabes a força que se esconde dentro de ti!..

E por muito cínico que queiras ser,

Tu és melhor que tu mesmo!..


Tu nasceste para vencer!..

Mas ainda não chegou o dia.

Não é hoje que vais morrer!..

2 comentários:

Anaphy disse...

Fantastico... arrepia a a cada palavra!Larga a cobardia, combate os medos, se TU! se quem conheço, quem sei k existe ai... se livre e nao morrerás jamais!

Anónimo disse...

Um poema...
Belo.
Intenso.
Apaixonante.
Envolvente.
Que seduz.
Que mata a sede de emoções loucas num traço de genialidade e poesia autênticas.

Beijinhos