Por um breve instante de tempo...
Quando o relógio parece parar de contar o tempo e nós ficámos sozinhos no espaço, a olhar à nossa volta e a analisar cada pequeno pormenor daquela imagem estática, cheia de vidas, pessoas, sorrisos, felicidade e tristeza... Bem, nesse momento somos capazes de ouvir o silêncio ensurdecedor do tempo que parou, somos capazes de cair no chão de braços abertos e de ficar a olhar o céu de olhos fechados, seguindo as pequenas nuvens brancas que oscilam de um lado para o outro. Somos capazes de fazer uma viagem de regresso ao passado, somos capazes de sonhar o futuro, o próximo milésimo de segundo que aquele relógio parado na parede vai contar...É triste quando nos apercebemos de tudo aquilo que fomos abdicando nos milésimos de segundo que passaram ainda há pouco... É ridículo pensar que podíamos ter seguido um caminho em vez do outro, que tivemos oportunidade de escolher e que acabamos por ser empurrados pela multidão apressada, que corria para o seu refugio, num fim de tarde chuvoso, procurando encontrar um sofá, uma manta, um amigo, um abraço, procurando, apenas, um pouco de conforto.
Por vezes dá-mos por nós a sonhar uma outra vida, a designada vida perfeita... Eu sei bem como seria esse sonho. Éramos só tu e eu, eram as promessas tornadas realidade, a distancia reduzida a um milímetro, era o teu olhar diante do meu, os teus lábios a tocar suavemente nos meus, o teu abraço a envolver o meu, eras tu a sorrir... acho que era, simplesmente, o ter-te por perto, o sentir-te!
Sei que por um destes dias nós falámos do distante passado, falámos do presente e do futuro. Sendo muito sincero, tenho pena do passado, ciúmes do presente e medo do futuro. Querendo que sejas feliz, vivo o meu dia de hoje andando por aí, procurando a morada dos meus sonhos, aquela praia deserta, com uma cabana, umas palmeiras no canto, um pequeno cais, um barco de madeira a remos, uma cana de pesca, uma fogueira, uma rede, uma cachoeira de águas límpidas e quentes…O prometido é devido e, por isso, espero que te sentes à mesa comigo, no meu primeiro jantar…
Agora, que tudo está parado à minha volta, perco todo o meu tempo a olhar-te, a viver um passado feliz, repleto de sonhos, sorrisos e promessas. Ainda imagino como poderia ter sido… Ainda imagino como poderíamos ter sido incrivelmente felizes, em como podíamos ter sorrido os dois, procurando a nossa morada, a nossa praia, a nossa cabana… Tenho pena que para tudo isto ser possível, tenha sido preciso parar o relógio, o tempo…
Olho para ti mais uma vez e já não te vejo só… Já percebo um sorriso e uma paz… Desenho um outro no meu rosto ao ver-te assim!..
Olha… O relógio voltou a contar.
2 comentários:
Há erros do passado, coisas simples, pekenos pormenores, palavras k nao foram ditas... k marcam tanto o presente!
Acabo por ter raiva da mia cobardia... devia ter-te dito no inicio, talvez kem sabe, agora, nao houvexe relogio k nos paraxe...mas a vida preganos cada rasteira! Espero que nao seja tarde agora, dps d tanto tempo... espero que ca dentro chegue (o mais rapido possivel) uma certeza kalker...
Juntos como amigos, amantes ou enamorados... seja qual for a decisao tomada, so quero que saibas: "perfiro ver-te com fome, a perder-te!"
beijo
Dsclp ter pensad k este texto, era sobre uma outra historia, um outro passado, umas outras vidas...beijo
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