Balancé
Quero e não quero
Sinto
Não quero sentir
Da raiva este brincar
Este balançar de corda
Baloiço de criança
Que não sabe o que quer
Ora puxas
Ora largas
Ora ficas
Ora vais
Enjoa este vai e vem
Este fica que não foge
Este volta que não toca
Balança, balancé
Corda vai, corda vem
Sou abrigo
Sou princesa
Sou boneca
Sou o que sonhas
E idealizas sonhando
Sou tudo que precisas que seja
E nada daquilo que guardas
Balança, balancé
Corda vai, corda vem
Queres
Não queres
Sentes,
Não sentes
Ouves sem escutar
Confias desconfiando
Balança, balancé
Corda vai e já não volta
Acorda a boneca de trapos
Desfia a alma no tear do desapontamento
E vai balançando
Vai indo
E não voltando
Ama a criança
Ama o baloiço
Não é mais brinquedo
Nem fantasia de balançar!
Ana Castro
1 comentário:
Parabéns!..
Poucas são as horas vagas que tenho tido...
Pouco é o tempo que tenho para descrever aquilo que sinto, ao ler os últimos textos, que tens publicado aqui. Tenho a certeza que este blog é um sarcófago de algumas das partes mais importantes da minha vida, mas também de palavras e sentimentos que caracterizam aquilo que eu sei ser a "Vida ideal" (de que já falei neste mesmo blog...). Tu tens sido autora de grande parte dos textos que descrevem quase na perfeição o gosto que têm esses sentimentos, a beleza que têm algumas imagens e alguns momentos, que são tão importantes e que precisam ser guardados aqui.
A amizade é uma conquista, luta-se muitos anos e, provavelmente, apenas no derradeiro momento se consegue ter a certeza de que ela foi sincera e verdadeira. Tenho que te dizer, Filipa, que sabe bem sentir-te aqui, ao meu lado, a dar cor e vida a essa amizade que nos une há alguns anos!..
Mais uma vez parabéns!.. O poema está magnifico!..
P.s: espero sempre pelo próximo...
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