Uma noite...
...
Já sentiste o que é sorrir naturalmente?
Sabes o que é estar feliz?
Algum dia acordaste com o sol da manhã a entrar pela janela do quarto?
Já sentiste o prazer de um passeio ao final da tarde pela praia deserta?
Consegues descrever a sensação de ser amado?
E de amar?
Já amaste?
Sentes-te capaz de me dar uma resposta?
...
É normal eu começar os meus textos por "Um dia...", mas hoje recuso-me a viver a hipocrisia de ser apenas autor do texto e de me recusar a assumir o papel de personagem principal. Respondo às necessidades do meu ego e decido sentar-me a escrever! Sem mais percas de tempo, corro para o quarto, abro a janela, que dá para rua e olho a lua, que hoje me parece tão tímida... A noite parece uma daquelas fantásticas noites de verão, com um ar quente, o céu limpo e estrelado (sabe-me tão bem estar aqui agora!..). Depois de um café e uma conversa ocasional entre amigos, num espaço muito "chill out", parece que tenho um manto de conforto a cobrir o meu corpo e ao mesmo tempo um turbilhão de perguntas a rondarem o meu ser. É a vontade de lhes dar uma resposta que me arrasta para aqui e, por muito estranho que pareça, não me sinto capaz de lhes dar uma neste momento, talvez porque me sinta transportado e a levitar num outro espaço, muito diferente do meu normal. Lembro-me agora que há uns meses acordei com uma alegria fora do normal e que, num impulso, escrevi um texto, que era um elogio à alegria, à felicidade e ao amor. Tenho a consciência de não ter passado de um estado de espírito que, rapidamente, se dissipou e deu lugar à melancolia, que tanto me caracteriza.
Todos crescemos e vamos tendo consciência das mudanças que vamos sofrendo com o tempo e as vivências que caracterizam e dão corpo à nossa Vida e, por isso, hoje, apenas me limito a deixar as perguntas no ar, para que um dia, quando estiver, de novo, aqui sentado, sem estar a ser vitima deste estado de espírito, seja capaz de dar resposta a todas estas perguntas.
Contudo, resta-me dizer: - Já amei! Já sorri!; e dar inicio a este novo texto por:
Todos crescemos e vamos tendo consciência das mudanças que vamos sofrendo com o tempo e as vivências que caracterizam e dão corpo à nossa Vida e, por isso, hoje, apenas me limito a deixar as perguntas no ar, para que um dia, quando estiver, de novo, aqui sentado, sem estar a ser vitima deste estado de espírito, seja capaz de dar resposta a todas estas perguntas.
Contudo, resta-me dizer: - Já amei! Já sorri!; e dar inicio a este novo texto por:
"Uma noite..."
(...)
1 comentário:
Tinha saudades deste Filipe, destes textos... onde foi que te meteste afinal?
beijo
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